A cantora e compositora Leci Brandão comemora em setembro, 40 anos de carreira e de luta na transformação da sociedade brasileira, seja com as letras de suas músicas ou através do seu mandato como deputada estadual, que exerce em São Paulo. Sempre engajada no movimento pela igualdade racial, Leci comenta ao Portal Vermelho, as conquistas e desafios a serem enfrentados pela população negra no país.
Para Leci, a influência da TV na MPB é imensa. “A mídia sempre escolhe artistas que tenham perfil especifico. Se você é muito negro, velho, está acima do peso, o talento não vale muito aqui no Brasil. Agora, se você tem uma pele mais clara, um corpo bacana, eles te aceitam. Cumprir o padrão que a televisão te exige, garante que as coisas se tornem bem mais fáceis. Eu sou produto do rádio. Só fui me inserir na TV quando virei comentarista de carnaval e fiz isso durante muitos anos. Quando fui eleita deputada, não pude fazer mais nada na Rede Globo, eles vetam qualquer posição política ali dentro”, afirma.
Mais política para mulheres negras
Mais mulheres negras na política
A deputada realizou recentemente na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), um seminário sobre a mulher negra. Segundo Leci, vários são os desafios a serem enfrentados para o combate ao preconceito e pela igualdade de gênero. “A gente vê uma sinalização positiva, a partir do momento que esse novo projeto político que foi implementado através do governo Lula, fez um aceno com a criação da secretária de Promoção da Igualdade Racial, uma histórica reivindicação do movimento negro que o executivo abraçou. O mundo está mudando e o Brasil também. Eu faço um exercício permanente de conversar com jovens negras para que elas saiam candidatas nas câmaras municipais. Acho importante, por exemplo, ações como a Marcha do Orgulho do Cabelo Crespo, que ocorreu este ano na capital paulista. Travo também um diálogo com as meninas do Hip Hop, do Rap. Precisamos travar uma luta para empoderar todas as mulheres que possuem coragem e vontade de lutar pelos seus direitos”, avalia.
Mais mulheres negras na política
A deputada realizou recentemente na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), um seminário sobre a mulher negra. Segundo Leci, vários são os desafios a serem enfrentados para o combate ao preconceito e pela igualdade de gênero. “A gente vê uma sinalização positiva, a partir do momento que esse novo projeto político que foi implementado através do governo Lula, fez um aceno com a criação da secretária de Promoção da Igualdade Racial, uma histórica reivindicação do movimento negro que o executivo abraçou. O mundo está mudando e o Brasil também. Eu faço um exercício permanente de conversar com jovens negras para que elas saiam candidatas nas câmaras municipais. Acho importante, por exemplo, ações como a Marcha do Orgulho do Cabelo Crespo, que ocorreu este ano na capital paulista. Travo também um diálogo com as meninas do Hip Hop, do Rap. Precisamos travar uma luta para empoderar todas as mulheres que possuem coragem e vontade de lutar pelos seus direitos”, avalia.
Leci alerta para a exclusão que a população negra sofre nos espaços de poder. “Os negros, exatamente como as mulheres, são mais de 50% da população brasileira, mas quando vamos para o judiciário, executivo e legislativo, nós não temos presença. Eu sou a segunda mulher negra que entrou na Assembléia Legislativa de São Paulo, nos seus 180 anos de existência. A primeira foi a Doutora Theodozina. Inclusive, criamos um prêmio com o seu nome, para homenageá-la”, conclui.
Música, alegria e luta
Nascida em Madureira, criada em Vila Isabel e primeira mulher a fazer parte da ala de compositores da Mangueira, Leci Brandão gravou 23 discos e 2 DVD’s, além de participações e coletâneas. Durante alguns anos, a cantora ficou sem gravar por questões políticas. As gravadoras não aceitavam suas canções, cujas letras denunciavam, em forma de crônica, as agruras sociais do povo e do país.
Leci cantou a defesa das minorias, do povo negro, das mulheres e dos trabalhadores. Foi convidada a se apresentar em todos os eventos afinados com sindicalistas, estudantes, periferia, índios, movimentos de mulheres, população LGBT e, principalmente, o Movimento Negro. Nos últimos anos, todos os discos de Leci contêm uma faixa falando sobre a cultura afro-brasileira de forma direta, transparente e apaixonada.
A questão social, sempre presente em sua obra artística, a fez rescindir um contrato com a gravadora Polygram, em 1981, por terem tentado censurar seu trabalho se negando a gravar suas canções, entre elas um de seus maiores sucessos, “Zé do Caroço”.
Música, alegria e luta
Nascida em Madureira, criada em Vila Isabel e primeira mulher a fazer parte da ala de compositores da Mangueira, Leci Brandão gravou 23 discos e 2 DVD’s, além de participações e coletâneas. Durante alguns anos, a cantora ficou sem gravar por questões políticas. As gravadoras não aceitavam suas canções, cujas letras denunciavam, em forma de crônica, as agruras sociais do povo e do país.
Leci cantou a defesa das minorias, do povo negro, das mulheres e dos trabalhadores. Foi convidada a se apresentar em todos os eventos afinados com sindicalistas, estudantes, periferia, índios, movimentos de mulheres, população LGBT e, principalmente, o Movimento Negro. Nos últimos anos, todos os discos de Leci contêm uma faixa falando sobre a cultura afro-brasileira de forma direta, transparente e apaixonada.
A questão social, sempre presente em sua obra artística, a fez rescindir um contrato com a gravadora Polygram, em 1981, por terem tentado censurar seu trabalho se negando a gravar suas canções, entre elas um de seus maiores sucessos, “Zé do Caroço”.
Entre 1984 e 1993 Leci foi comentarista dos desfiles das Escolas de Samba do Rio de Janeiro, pela TV Globo. Após uma pausa de seis anos, voltou a comentar o Carnaval carioca de 2000 a 2001. Entre 2002 e 2010 comentou os desfiles das Escolas de Samba de São Paulo pela mesma emissora, quando se consolidou como a voz das comunidades. Após esse período teve que se afastar por ter sido eleita deputada estadual por São Paulo, tornando-se a segunda mulher negra a ocupar uma cadeira no parlamento paulista, sendo reeleita em 2014.
Entre os muitos sucessos gravados por Leci – muitos dos quais de sua autoria - estão “Ombro Amigo”, “Essa Tal Criatura”, “Só Quero te Namorar”, “Olodum Força Divina” (primeiro disco de ouro), “Valeu”, “Bate Tambor”, o disco premiado“Cidadã Brasileira”, “Perdoa” e “Anjos da Guarda”, uma homenagem aos professores do país.
Leci comemorará seus 40 anos de carreira com dois com dois shows. O primeiro será no dia 5 de setembro, no Teatro Polytheama, em Jundiaí. O segundo será no dia 19 de setembro, no Auditório do Ibirapuera, São Paulo.
Entre os muitos sucessos gravados por Leci – muitos dos quais de sua autoria - estão “Ombro Amigo”, “Essa Tal Criatura”, “Só Quero te Namorar”, “Olodum Força Divina” (primeiro disco de ouro), “Valeu”, “Bate Tambor”, o disco premiado“Cidadã Brasileira”, “Perdoa” e “Anjos da Guarda”, uma homenagem aos professores do país.
Leci comemorará seus 40 anos de carreira com dois com dois shows. O primeiro será no dia 5 de setembro, no Teatro Polytheama, em Jundiaí. O segundo será no dia 19 de setembro, no Auditório do Ibirapuera, São Paulo.
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