Fundado há 29 anos com o objetivo de fomentar estudos sobre cultura internacional, o Núcleo de Estudos Afro-Asiáticos (NEAA) da UEL passou ser denominado de Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros (NEAB). Segundo a Professora Maria Nilza da Silva, coordenadora da unidade, a mudança vem ao encontro com a atuação do órgão, que desde 2004 foca o cumprimento da Lei 10.639/2003, que prevê o ensino e difusão da história e da cultura afro-brasileira e africana.
"O Núcleo está hoje muito relacionado à população afro-brasileira e africana. Nossas ações têm sido para apoiar a política de ações afirmativas. As pesquisas relacionadas às questões afro-asiáticas não estão extintas, mas tratadas em conjunto com as demais etnias".
A diretora elenca como prioridades para este ano a produção de material didático. Serão reeditadas duas biografias. Uma sobre o médico pioneiro, Justiniano Clímaco da Silva, e outra sobre a vida do doutor Oscar Nascimento, fundador do AROL, primeiro clube negro de Londrina.
A proposta é ainda editar quatro livros. Um sobre a história e importância da Venda dos Pretos, localizada no Patrimônio Regina, na zona sul. Outros dois livros serão sobre a situação da população negra de Londrina e um em homenagem à líder negra, Vilma Santos de Oliveira, a Yá Mukumby, assassinada brutalmente em 2013.
Além das publicações, o NEAB continua com os cursos de formação continuada para professores e com a organização de eventos. Uma das expectativas, segundo a professora, é conseguir que os cursos da UEL tenham disciplinas específicas sobre a cultura afro, conforme prevê a Lei 10.639/2003.
"Alguns cursos já possuem na grade curricular a disciplina de Literatura Africana e afro-brasileira, mas o objetivo é que os estudos cheguem a todos os cursos. A questão é burocrática, porque tem que se respeitar a política pedagógica de cada graduação, mas é algo que pretendemos realizar, mesmo que seja a longo prazo", conta a coordenadora.
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