O sorriso generoso de Isabel Fillardis já denuncia que a chegada dos 40 anos foi tranquila, sem crises. Nesse caso, a nova idade provocou o desejo de viver múltiplos desafios, principalmente na carreira. Um deles é a personagem Joaquina Maria Conceição da Lapa, que ela interpreta no espetáculo musical ‘Lapinha’, em cartaz às quartas, quintas e sextas no Teatro Clara Nunes, no Shopping da Gávea. “Eu fiquei um tempo me dedicando a minha família e aos meus projetos sociais. Mas, durante esse período, buscava algo que me permitisse unir os talentos que eu acredito ter: dançar, cantar e interpretar. Hoje, o ator negro fica dependente de convites, e eles são restritos. Isso estava me agoniando bastante. Acabei de completar 40 anos e queria me sentir realizada. A ‘Lapinha’ trouxe isso”, conta Isabel.
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No palco, a atriz interpreta a história da cantora negra que viveu no início do século 19, burlou as leis da época para frequentar teatros e chegou a pintar o rosto de branco para driblar o preconceito. “Ela foi a primeira negra brasileira a se destacar nas artes cênicas do Brasil e do mundo. Porque você tem que ser muito corajosa para enfrentar a fúria do preconceito, confiando apenas no seu talento”, avalia a atriz, que acredita ter pontos em comum com a sua personagem. “As nossas histórias se assemelham na questão do pioneirismo. Comecei a trabalhar na televisão em 1993, na novela ‘Renascer’, numa época em que existiam poucas atrizes negras em papéis de destaque. E isso é muito parecido com a Lapinha, pois, assim como ela, eu também sempre tive muita fé no meu taco”.
Longe das telinhas desde 2011, quando participou da novela ‘Fina Estampa’, Isabel está louca para voltar à TV. “Estou sem contrato e não tenho restrição a emissora alguma, trabalho na Globo, na Record, o que eu quero é um espaço para mostrar minha arte”.
E se na vida profissional a busca é por realizações, na vida pessoal o momento é de agradecimento. Mãe pela terceira vez este ano, a atriz conta que o filho caçula, Kalel, hoje com 9 meses, é um guerreiro. “Eu queria muito esse bebê, mas não foi fácil. Fiquei quase um ano deitada, por conta de um problema no útero, e ainda assim ele nasceu com oito meses de gestação. Hoje o Kalel está lindo e nem parece que nasceu prematuro”, orgulha-se a atriz, que também é mãe de Jamal, de 10 anos, portador da Síndrome de West, e Analuz, de 13, frutos de seu casamento com Julio César Santos.
Leia a matéria completa em: Isabel Fillardis interpreta cantora que desafiou preconceitos no século 19 - Geledés
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