No próximo ano, a advogada americana Paulette Brown se tornará a primeira mulher negra a exercer o cargo de presidente da American Bar Association (ABA), a Ordem dos Advogados dos Estados Unidos. Em seu discurso durante o encontro anual da ABA em Boston, Massachusetts, ela delineou os objetivos de luta dos advogados, destacando um ponto associado a sua própria história: eliminar o preconceito racial e promover a diversidade no país.
A futura presidente conclamou os advogados a lutar contra os “preconceitos implícitos” na Justiça Criminal dos EUA, e ainda impregnados na cultura americana. Como um exemplo de preconceito implícito, ela lembrou que na sequência do furacão Katrina, na região de Nova Orleans, os brancos foram descritos como pessoas desesperadas que saíram às ruas em busca de alimentos, enquanto os negros foram descritos como saqueadores.
Ela chamou a atenção dos profissionais de Direito para um tipo de preconceito que acontece frequentemente nos tribunais: dois réus, no mesmo tribunal, com o mesmo juiz, recebem condenações diferentes pelo mesmo crime, por causa de suas características físicas. A mesma coisa acontece nas escolas: os estudantes negros, pela mesma indisciplina, são expulsos, enquanto os brancos são apenas disciplinados.
FONTE: Boletins de Notícias ConJur
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